quinta-feira, 17 de março de 2011

desejos inconcebíveis,

gostava de poder olhar em frente, e ver-te caminhar, poder fechar os olhos e saber que nesse momento, nesse momento em que te vejo, tu estás a pensar em mim. Gostava de saber se ainda revives, e vives bem ai dentro do coração todas as memórias e recordações que guardamos na altura da tua partida... queria ter força para levar avante esta luta, mas o meu coração já está fraco para continuar esta guerra. A confusão paira na minha cabeça, não deixas de rodar todos os milimetros dos caminhos de que o meu coração é feito. As recordações, vai e vem, uma e outra vez seguida... e as saudades? dessas nem me atrevo a falar... elas vão aumentando, cada vez mais. Sinto-as pesadas demais para continuar a carrega-las. tenho a certeza que neste momento elas são a coisa que mais pesa no coração. elas corroem o coração, elas desgastam a alma, se infiltram no sangue, elas percorrem todos os perimetros do meu corpo, enturpecendo-o, congelando-o... porque é que este maldito parasita do amor não nos deixa livres? é que parece que não, mas de uma maneira ou de outra eu vivo presa a ti, a ti e as memórias... tudo bem que elas podem ser tudo aquilo que nos liga, mas eu queria sentir-me livre. queria tirar este peso, esta mancha negra que rodeia o meu coração. E se ele não consegue arrumar-te que pelo menos arrume este turbilhão de emoções e de saudade que estão constantemente a apoderar-se da minha alma e do meu corpo. eu quero poder andar na rua e não ter medo de em qualquer instante os meus olhos cruzem os teus, ou ver-te e não ter a tentação de olhar, ou não sentir o meu coração saltar quando rondas o perimetro onde me encontro. eu queria realmente que tudo isto fosse mais fácil, que tudo fosse menos complicado... queria realmente...

1 comentário:

expressa-te (: