desabafos de coração, {4} #

a lua já brilha bem alto no céu, só a sua luz dá uma pontada de vida aquele a que chamo do «meu» espaço. estou fraca, sinto-me desvanecida. as amargas saudades, estão cada vez mais fortes... elas fortaleceram a sua aliança, elas se tornaram mais e mais pesadas. Não sei sinceramente até quando aguentarei tanta e tanta saudade... estão a tornar-se cada vez mais insuportáveis. e estes meus pensamentos também estão a deixar-me devastada... acreditas que desde que partiste- e já lá vai muito tempo- não consegui nunca mais guardar-te como algo bom mas passado?... tu continuas tão presente como no primeiro momento . As nossas coisas, continuam á deriva pelo meu coração, no entanto elas se tornam agora mais lúcidas, e « apetecíveis». Por vezes dá-me vontade de abrir o coração, e deixar-me entrar lá dentro, voltar a fazer parte daqueles momentos, contigo a meu lado, oferecendo-me protecção, carinho, amor... é que sabes... eu até posso parecer demasiado livre, mas... por um lado ou por outro, eu estou presa a ti, nem que seja só pelos simples facto de te amar, cada vez mais a cada dia que passa... o que também torna a definição de amor, para mim ainda mais enigmática... não dizem que á medida que o tempo passa, a pessoa se vai habituando e se vai esquecendo do amor passado? pois bem, ou sou eu muito diferente ou esta teoria está redondamente errada... é que eu sinto que quanto mais o tempo passa mais gosto de ti... é alucinante, as coisas que o amor faz, não achas meu querido? eu o acho cada vez mais estranho, e começo a sentir uma pontada de inveja por ele ter tanto poder... é que sabes, quando uma pessoa é «infectada», por esta praga a que chamamos de amor, não conseguimos mais libertar-nos... eles nos prende, por vezes nos fere. mas também é ele que nos alimenta de vida, esperança, de alegria... não o culpo, nem a ele nem a ti... só culpa a minha fraqueza, essa que me faz tremelicar cada vez mais o coração, a alma e o meu dócil corpo...