sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

eras / agora ...

o passado era nosso . todos os momentos nos pertenciam . eras o cachecol que me rodeava o pescoço e que me protegia do frio . tu eras a minhas armadura, aquela que me protegia das batalhas . tu eras o meu coração, aquele que bombeava 100 000 vezes por segundo, sempre que rondavas o perímetro onde me encontrava . tu eras o meu porto de abrigo, para onde eu corria sempre sem receio de mágoa . tu eras a minha almofada protectora, que me protegia os pensamentos todas as noites e que me acalmava as lágrimas . tu eras o som do meu riso, que se fazia ouvir uma e outra vez, sem limites ... tu eras o que eu mais queria . tu eras o meu anjo da guarda . tu eras a minha segurança, a minha força . tu eras o orgulho, eras a alegria que corria velozmente nas minhas veias . tu eras os meus braços, aqueles que me protegiam de todo mal . agora...
tu és uma doce memória, uma linda recordação . tu és agora uma dor . e eu ... eu sou aquela que carrega este passado nas costas . que o carrega sempre, para todo o lado ... estou farta . farta de carregar este passado, que há medida que o tempo passa se torna mais e mais pesado . está a espalhar a dor por todo o meu corpo, até já o meu sangue sente a dor . que maldita dor, que lindo passado, que peso macábro ... nós não deviamos ser feitos para carregar todos estes pesos, em todos estes dias sempre e sempre sem conta definida . havia de haver algo que disse-se STOP !
eu quero soltar-me deste passado- eu juro-te- eu quero . mas ... o meu coração não quer . e ele... ele tem sempre a ultima palavra, portanto resta-me esperar . pode ser que um dia ele se canse de ser tão... tão apaixonado por ti . quem sabe ... um dia ... por enquanto carrego as costas o «nosso» passado, e ao peito a «minha» saudade .

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